28.º CEO Survey – Moçambique insights​

Reinventar no limite do amanhã​

28.º CEO Survey – Moçambique highlights​
  • Publication
  • 20 Jan 2025

Os resultados da 28.ª edição do Global CEO Survey sugerem que alguns líderes já estão a agir para obterem todo o potencial de crescimento e criação de valor inerentes às forças que definem a nossa era. ​Será suficiente? O que é necessário para ser bem sucedido nesta era em que estamos no limite do amanhã?

Existem muitos cenários possíveis para a economia global em 2035, mas tudo dependerá da forma como todos os stakeholders se irão adaptar e responder à ameaça representada pelas alterações climáticas e à oportunidade histórica apresentada pela Inteligência Artificial (IA). ​

Os resultados do 28.º Global CEO Survey da PwC sugerem que alguns líderes já estão a agir para capturar todo o potencial de crescimento e de criação de valor inerentes às principais tendências, que definem a nossa era. Estes já estão a investir em Inteligência Artificial Generativa (GenAI), a capitalizar as oportunidades e a gerir as ameaças das alterações climáticas, reinventando as suas operações e modelos de negócio para a criação de mais valor, de forma mais inovadora. No entanto, muitos ainda avançam lentamente, limitados por vários factores e processos que resultam numa inércia que poderá ter impactos.

Este último grupo enfrenta duas opções: acelerar os seus esforços de reinvenção ou ficar na expectativa – na expectativa de que, com apenas alguns ajustes, os actuais modelos operacionais e de negócio continuarão a apresentar resultados, à medida que a IA e a transição para uma economia de baixo carbono lhes criam novos domínios de crescimento e transformam o valor em toda a economia.

A necessidade de reinvenção está-se a intensificar e os CEO esperam enfrentar maior pressão nos próximos três anos do que a que tiveram nos últimos cinco, devido às tecnologias, às alterações climáticas e às outras megatendências que afetam os negócios.

A edição deste ano inquiriu 4.701 líderes em 109 países e territórios. Em Moçambique foram recolhidas respostas de cerca de 38  CEO.

61%

dos CEO inquitidos acreditam na viabilidade dos seus negócios a longo prazo

Mundial: 55%
42%

indicam que sua empresa está bastante exposta à volatilidade económica

Mundial: 29%
68%

confiam na incorporação da IA (incluindo a GenAI) em processos-chave na empresa​

Mundial: 67%
63%

referem que iniciaram investimentos favoráveis ​​ao clima nos últimos 12 meses ​ ​

Mundial: 81%

  

Capítulo 1 A IA e as mudanças climáticas como principais fatores disruptivos

Estamos perante duas megatendências que têm moldado o futuro das empresas: a IA e as mudanças climáticas.

A IA promete revolucionar a forma como as empresas operam, oferecendo novas oportunidades de inovação e eficiência, enquanto que as mudanças climáticas exigem uma adaptação estratégica face aos desafios ambientais e às crescentes expectativas de sustentabilidade. No entanto, ambas correlacionam-se pelo facto da IA estar a emergir como ferramenta indispensável para enfrentar as alterações climáticas, oferecendo soluções que optimizam recursos, reduzam emissões e monitorizam impactos ambientais em tempo real.

Os CEO em Portugal percecionam estas tendências e implicações para o futuro dos seus negócios e estão confiantes na incorporação da IA nos processos-chave da empresa.




Primeiros resultados da GenAI


  • Embora a adopção da GenAI ainda seja reduzida, os CEO preveem um impacto crescente nos próximos anos. Em Moçambique, 37% dos CEO demonstram confiança na IA em processos-chave até 2025, comparado a 35% na África e 33% no cenário mundial.
  • Nos próximos três anos, 26% dos CEO em Moçambique planeiam incorporar a IA na estratégia central de negócios, enquanto 61% acreditam que ela será aplicada em processos, fluxos de trabalho empresariais e plataformas tecnológicas, superando as médias da África (46% e 50%) e do mundo (41% e 47%).
  • 42% dos CEO moçambicanos acreditam que, nos próximos três anos, a GenAI exigirá o desenvolvimento de novas competências e ajudará a aumentar a competitividade, alinhando-se às tendências globais.

 

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Os líderes em Moçambique devem adoptar uma abordagem sistemática para implementar a GenAI, investindo na qualificação da força de trabalho e enfrentando desafios como a falta de infraestrutura. 


Impacto da GenAI

Q. Até que ponto confia, pessoalmente, em ter IA (incluindo IA Generativa) incorporada nos processos chave da sua empresa?

Notas
Base: Mundial = 4.701 | África = 245 | Moçambique = 38
Fonte: 28.º Global CEO Survey da PwC
 

Próximo passo

Implementar a GenAI permitirá às empresas prepararem-se para as oportunidades do futuro, garantindo maior competitividade e inovação no mercado. Ao superar essas barreiras, será possível impulsionar o desenvolvimento económico e tecnológico, posicionando o país como um player de relevo na economia digital global.

  





Benefícios das alterações climáticas


  • 13% dos CEO moçambicanos relataram que aceitaram taxas de rentabilidade mais baixas em prol de investimentos sustentáveis, enquanto 34% não realizaram iniciativas do tipo nos últimos seis meses.
  • 44% consideram que os custos associados aos investimentos climate-friendly mantiveram-se nos últimos cinco anos, enquanto apenas 17% acreditam que diminuíram e 36% consideram que aumentaram.
  • Apenas 6% das empresas moçambicanas receberam incentivos governamentais para investimentos sustentáveis, reflectindo uma barreira significativa para promover iniciativas desta natureza.​
     

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Os CEO moçambicanos precisam superar desafios regulatórios e de mercado para criar valor com sustentabilidade.
 


Inibidores de investimentos climate-friendly

Q. Em que medida os investimentos climate-friendly iniciados pela sua empresa, nos últimos cinco anos, causaram aumentos ou diminuições nos seguintes aspectos? ​

Notas
Base: Mundial = 4.701 | África = 245 | Moçambique = 38
Fonte: 28.º Global CEO Survey da PwC
 

Próximo passo

É fundamental simplificar processos internos e buscar parcerias que favoreçam práticas sustentáveis. Apesar das dificuldades iniciais, é crucial entender que os retornos podem ser menores a curto prazo. No entanto, os benefícios a longo prazo, como maior resiliência organizacional e fortalecimento da reputação, tornam esse investimento estratégico. Promover um ambiente mais favorável requer comprometimento com acções que equilibram crescimento económico e impacto ambiental. Assim, ao integrar sustentabilidade como prioridade, as empresas garantem competitividade e relevância no mercado futuro​.

  

  

Capítulo 2 Business as (un)usual – A certeza da incerteza​

O crescimento económico e o desempenho empresarial estão no centro das atenções dos líderes.

Num cenário global dinâmico e repleto de incertezas, é essencial compreender as expectativas dos CEO em relação à economia nacional e internacional, bem como as perspectivas para o crescimento do seu próprio negócio. Assim, torna-se fulcral perceber as prioridades e estratégias que sustentam a visão dos líderes empresariais, explorando as oportunidades, ameaças e dinâmicas competitivas em evolução que estes enfrentam actualmente.
 




Perspectivas e ameaças


Perspectivas e ameaças
  • Os CEO moçambicanos estão mais preocupados com a inflação (47%) e a instabilidade geopolítica (47%), seguidas pela volatilidade macroeconómica (42%) e pela escassez de trabalhadores qualificados (32%).
  • Apenas 39% dos CEO acreditam que haverá um aumento nas receitas nos próximos três anos, um valor abaixo das médias da África (55%) e global (53%).
  • Cerca de 37% dos CEO consideram que seus negócios serão viáveis por no máximo 10 anos sem adaptações, apesar de 71% estarem optimistas em relação ao crescimento económico global nos próximos 12 meses.

 

Próximo passo

Os CEO moçambicanos precisam compreender as relações entre ameaças, como a volatilidade macroeconómica e mudanças nas preferências dos consumidores, para ajustar as suas estratégias. A diversificação do portefólio de negócios é crucial para reduzir riscos e explorar novas oportunidades. Além disso, investir no fortalecimento de competências-chave garante maior capacidade de adaptação em um cenário dinâmico. Essas acções são essenciais para mitigar incertezas e impulsionar o crescimento sustentável das empresas no longo prazo.

  





Acelerar a reinvenção


 

  • Em Moçambique, os CEO continuam a depender maioritariamente do seu core business, com apenas 11% da receita proveniente de actividades distintas, o que evidencia a necessidade de diversificação.
  • Os líderes apontam a inovação de produtos (34%) e a conquista de novos segmentos de clientes (34%) como os principais motores da mudança, mas veem as mudanças nas preferências dos consumidores como a principal ameaça para o futuro.

 

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Para acelerar a transformação, os CEO devem promover condições que superem barreiras regulatórias e de procura.

Acelerar a reinvenção

  

Próximo passo

É essencial fortalecer a colaboração entre diferentes sectores, criando um ambiente favorável à inovação sustentável. Essa abordagem permitirá explorar novos mercados e impulsionar o crescimento. Além disso, a integração de soluções tecnológicas e a adaptação às novas exigências do mercado são cruciais. Somente assim as empresas poderão manter a competitividade e a relevância no futuro.

  

  

Capítulo 3 Reinvenção contínua​

A capacidade de adaptação é uma das maiores vantagens competitivas na era moderna.

Num ambiente marcado pela rápida evolução tecnológica, mudanças de mercado e transformações culturais, a reinvenção contínua tornou-se uma necessidade imperativa, pois permitirá às empresas prosperar à medida que o contexto empresarial muda rapidamente. Para os CEO, esta realidade desafia não apenas as práticas tradicionais de gestão, mas também exige uma abordagem proativa e visionária para a tomada de decisões estratégicas. Encarar a reinvenção como um processo contínuo é fundamental para alinhar as estratégias empresariais com as expectativas dos stakeholders e as dinâmicas globais.
 

82%

referem que tornar os critérios de explícitos e transparentes ajuda na tomada de decisões estratégicas

Mundial: 76%
37%

dos CEO confia em ter a IA incorporada nos processos-chave das suas empresas

Mundial: 33%
61%

dos CEO afirmam que a sua empresa permanecer neste caminho, será viável por mais de 10 anos

Mundial: 55%

Próximo passo

• Os CEO em Moçambique enfrentam desafios significativos relacionados à qualidade das decisões estratégicas, à confiança na Inteligência Artificial e à adaptação às mudanças rápidas no mercado
Um dos pontos mais importantes identificados é a necessidade de reduzir a dependência da intuição na tomada de decisões e fortalecer o uso de análises quantitativas. Isso exige que os líderes empresariais adoptem ferramentas e práticas que tornem os critérios de decisão mais claros, transparentes e baseados em dados, melhorando assim a qualidade e a eficácia das escolhas estratégicas.​

• A confiança na Inteligência Artificial, embora moderada em Moçambique, apresenta um potencial de crescimento
Com 37% dos CEO demonstrando confiança na integração da IA nos processos-chave, é essencial aprofundar essa confiança por meio de iniciativas que evidenciem os benefícios dessa tecnologia. Isso inclui investir em capacitação e em projetos piloto que demonstrem resultados concretos, reforçando o papel da IA como um catalisador para a eficiência e inovação nas operações empresariais.​

• Os CEO moçambicanos precisam lidar com a pressão de inovar e se adaptar dentro de prazos curtos, dado que muitos projetam mandatos de até 10 anos
Para enfrentar essa realidade, é indispensável preparar líderes para navegar em contextos de incerteza, reinventar modelos de negócios e liderar organizações de forma resiliente e ágil. Esse preparo pode ser alcançado por meio de programas de desenvolvimento de liderança que foquem em habilidades estratégicas, inovação e adaptação às demandas de um mercado em constante transformação​.

Clique abaixo e faça o download do estudo completo da PwC, 28.º CEO Survey – Moçambique insights​​:
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João Veiga

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